segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Pro-Children


"Pro-children" é uma projecto europeu cuja representante em Portugal é a Faculdade de Ciências de Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, cujo objectivo é avaliar os factores que influenciam o consumo de frutas e vegetais nos pré-adolescentes entre os 11 e os 13 anos de idade e os respectivos pais.
É bom saber que muito se tem feito ao nível de melhorar os hábitos alimentares das nossas crianças.
Para mais informações sobre este projecto, vão ao site da Pro-children.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Revolução no mercado dos probióticos?


Sabia que marcas como a Longa Vida têm os dias contados, caso não provem cientificamente que estão, de facto, a contribuir para que os consumidores vivam mais? E que figuras públicas ou médicos a promover os benefícios para a saúde de determinado alimento deixará de ser um cenário possível? E sabia também que será eliminado da publicidade e dos rótulos as promessas de perda de peso ao fim de determinado período de consumo de um produto? (…)

E, por isso, é preciso assegurar que existe prova científica de que a substância tem, de facto, efeitos na saúde. Depois, é ainda necessário justificar que a substância benéfica existe em quantidades suficientes naquele alimento e que é assimilável pelo organismo.


O objectivo (…) é permitir que o consumidor disponha das ferramentas necessárias para realizar escolhas informadas, protegendo-o de informações menos precisas. E à indústria agro-alimentar condições para promover a inovação e a concorrência justa.
DN, 05-11-07

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

"Boas comunicações, Más Comunicações"


A comunicação dos produtos alimentares tem um papel fulcral na promoção dos alimentos. É através dela que se dá a conhecer a existência, mais, a essência de um dado produto.
É do interesse da indústria alimentar apostar em estratégias de fidelização entre o consumidor e uma determinada marca. Assim, e dependendo do público-alvo, a indústria alimentar pretende ensinar o consumidor a utilizar um produto e criar vínculos emocionais com ele. A comunicação é, então, o veículo entre a marca e o consumidor.
Navegámos por sites de algumas marcas conhecidas e encontrámos diferentes formas de comunicar. Uns são mais vocacionados para crianças, outros realçam a versatilidade da marca, outros ainda valorizam a informação. Por outro lado, há marcas que se limitam a apresentar os produtos, sem que a sua comunicação se direccione para um público-alvo específico.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Produção vs Divulgação da Ciência


Os nutricionistas comunicam a ciência que é produzida. A ciência que eles próprios, como cientistas, podem produzir.

Transmitem às pessoas informação, não sem antes verificar a qualidade e a veracidade da mesma, simplificá-la e torná-la acessível a qualquer pessoa.
Acontece que, muitas vezes, ao descodificar essa informação, o nutricionista deixa de apenas promover esse produto, e passa a influenciar o consumidor, ao ponto de tomar partido do produto que informa.
Tomemos como exemplo um dos anúncios do Danoninho, o qual conta com a participação de uma nutricionista mediática. Parece indiscutível que a mesma apoie o produto e acredite nos benefícios que simultaneamente transmite.
Repare-se, agora, no caso das Formas Luso. Esta “água” conta com o apoio da Associação Portuguesa dos Nutricionistas, o que, sem dúvida, fomentou a sua venda. A veracidade da informação científica não é posta em causa, mas parece-nos que ficou algo por esclarecer…
O sucesso de uma marca ou de uma campanha pode estar na forma como a mesma é comunicada. Um nutricionista deve produzir ciência e constituir fontes fidedignas de informação, independentemente se é mais ou menos parcial em relação à informação que transmite.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Consumo alimentar: estar na moda ou ser saudável?

Das revistas à televisão, da internet aos outdoors, os anúncios de produtos alimentares estão em todo o lado. A publicidade aos alimentos implantou-se de vez e comunicar sobre os mesmos é uma questão de objectivos. Tudo passa por atender ao público-alvo e a estratégia é… ser flexível!

A constante preocupação com a saúde e o crescente conhecimento científico habituou-nos a ouvir coisas como baixo em calorias, combate o “mau” colesterol, previne doenças cardiovasculares, ajuda a um crescimento saudável, etc. Danoninho ou Danacol, cereais Cheerios ou Kellogg’s, todos são exemplos de produtos que fomentam hábitos salutares e realçam funções específicas. Mais ou menos fundamentalistas, simples ou complexas, estas são formas funcionalistas de divulgar um produto.

Exemplo funcionalista: Danacol, ajuda a reduzir o colesterol.

Ocorre que, muitas vezes, atrair o público – seduzi-lo, até – implica usar o mediatismo dos famosos. E porque, imitá-los é ser como eles e é ter estilo, muitos produtos optam por usar figuras públicas para divulgar um produto. E não nos incitam a comprá-lo pelas suas vantagens nutricionais, fazem-no porque cultural e socialmente nos darão carisma e sucesso! Ao sabor de uma corrente estruturalista, as batatas fritas Lays, o refrigerante Pepsi, o Licor Beirão, a cerveja Bohemia D’ouro são exemplos de marcas que usam desde jogadores de futebol a humoristas da actualidade para vender um produto.


Exemplo estruturalista: Vítor Baía dá a cara pela Sagres Bohemia D'Ouro.

Estruturalismo ou funcionalismo, qualquer uma das correntes parece influenciar o nosso consumo, porque quem não quer estar na moda e ser saudável ao mesmo tempo?

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Por que será que se comunica tanto sobre alimentação?

Por puro marketing ou para promover saúde? Quando é que se passa da demanda de vender um produto alimentar e se entra no campo da saúde? Será que, pela cabeça dos produtores, passa a vontade de diminuir o número de obesos ao acrescentar L-carnitina às bolachas ou a necessidade é mesmo a de facturar? A L-carnitina é apenas um exemplo.

Hoje em dia há um crescente aumento de informação sobre a alimentação. Somos bombardeados diariamente pelos Media com novos produtos e alertas com o que devemos ou não comer. Temos maior acesso à constituição dos alimentos, o que influencia a comunicação sobre a alimentação.

Comunica-se, também, para divulgar alimentos relacionados com religiões, tendências e regimes alimentares. Comunica-se quando se descobrem novas substâncias nos alimentos, benéficas ou não para o organismo, tóxicas ou não, “milagrosas” os não! Comunica-se por polémica ou para sensibilizar. Quantos de nós já não discutiram sobre alimentos geneticamente modificados? E quantos de nós já não viram imagens impressionantes de obesos mórbidos, na tentativa que retardar essa epidemia que é a obesidade?

Perguntámos a alguns amigos, em conversas de ocasião, por que é que se comunica tanto sobre alimentação. E quase todos eles foram unânimes em responder que a alimentação está presente em quase tudo o que fazemos, que “comer” é uma necessidade básica, um prazer, uma arte, que “saber comer” é uma ciência, que certos alimentos retardam o envelhecimento e que outros são carcinogénicos. A maioria de nós, à parte de factores económicos ou outros interesses semelhantes, vê a comida – e a alimentação – como veículo para promover saúde. E certamente terá sido esse o objectivo de Oliviero Toscani, ao realizar uma campanha polémica contra a anorexia (imagem), no arranque de mais um evento de moda em Itália, no qual uma anoréctica decidiu ser um “exemplo-a-não-seguir”. Aí está uma bela forma de comunicar…! (fonte: Reuters).